domingo, 9 de maio de 2010


Gilda, Mauro, Monic, Rosenilde
A Educação infantil até os dias atuais

De acordo com Lossnitz (2006) a primeira idade é a infância que planta os dentes, e essa idade começa quando nasce e dura até os sete anos, e nessa idade aquilo que nasce é chamado de enfant (criança), que quer dizer não falante, pois nessa idade a pessoa não pode falar bem nem formar perfeitamente suas palavras. Nessa perspectiva a infância era vista como ausência da fala. A criança era vista como um adulto em miniatura. O índice de infanticídio era grande, no século XII ocorreram mudanças com interferência da igreja .As crianças conviviam no mesmo espaço e o agrupamento familiar era grande .
No século XVIII houve uma reestruturação econômica, científica, política, social e cultural, aumentou a migração do rural para o urbano,O capitalismo estava em alta e a ascensão da burguesia. Surge a preocupação com o tipo de educação que a infância deveria ter dando inicio as primeiras propostas educativas para crianças de 0 á 06 anos.
Muitos autores se destacaram de acordo com Almeida, (2008) Comênio é reconhecido como Educador e Pedagogista do século XVII, atribui aos pais a responsabilidade da educação da criança pequena, destaca que o período infantil tem suas especificidades e tem repercussão na vida do ser humano
Destaca-se também as contribuições de Rousseau considerado como uma das personalidades da história da pedagogia, influenciou a educação na modernidade, considerando a criança como um ser pensante que a infância é um período específico no desenvolvimento humano. Promoveu uma revolução pedagógica centrando os interesses no aluno e não no professor.
Influenciado por Rousseau surge Pestalozzi, " o educador da humanidade", considera a força vital da educação é bondade e o amor. Para ele o aluno passa de uma posição passiva para ativa, onde significa : observação, investigação, coleta de material e experimentação.
No século XIX destaca-se Froebel (1782-1852), protestante alemão, primeiro pedagogo da Educação infantil,desenvolveu suas teorias inspiradas no amor à criança e a natureza. Em junho de 1840, fundou o primeiro jardim de infância, destinado a crianças menores de 06 anos. Segundo Lima(2008) "Froebel foi o primeiro a romper com uma educação verbal e tradicionalista de sua época. Ele propôs educação voltada à sensibilidade, baseada na utilização de jogos e materiais didáticos, que deveriam, traduzir por si a crença em uma educação que atendesse a natureza infantil.
Dessa forma a criança passou a ser vista pela sociedade como um ser pensante com características próprias a sua idade. Diante disso cria uma metodológica diferenciada voltada para as necessidades da criança, valorizando as artes(música, pintura, poesia,desenho, escultura),trabalhando de forma lúdica, (jogos brincadeiras, jardinagem,histórias), materiais pedagógicos como (blocos, cubos, cilindros).
O trabalho de Froebel foi revolucionário e influenciam até os dias de hoje, os métodos de Froebel foram utilizados por Emília Ericksen que sempre foi uma mulher determinada e a frente se seu tempo. Nasceu de boa família em Engenho da piedade, Pernambuco(1817). Casou-se com Conrado Ericksen e foi morar na Dinamarca, teve duas filhas, interessou-se pelo magistério e acompanhou de perto o trabalho de Froebel.
Devido ao naufrágio sua família empobreceu, retornaram para o Brasil. Seu marido recebeu um cargo para fundar uma colonia irlandesa no Paraná, que não prosperou, a família de Emília passou a residir em Castro. Em pouco tempo ficou viúva e teve que sustentar sozinha a família começou dando aulas de francês a algumas moças,A procura aumentou e passa a lecionar outras disciplinas, sua casa se transforma em um internato.
Em 1862 fundou o primeiro jardim de infância do Brasil, utilizando o método de Froebel. Para Lössnitz (2006,p. 76) " Emília trouxe para o ensino de Castro uma nova visão de mundo e uma nova visão sobre a formação pessoal. Visão essa muito diferente das que possuíam as educadoras que atuavam na província do Paraná. "Emília se destacou por sua dedicação, ideias inovadoras e por seu senso de justiça social. Não descriminava nenhum aluno, ricos ou pobres todos eram igualmente aceitos.
Após Emília pouco foi feito, surgiram duas escolas uma em 1875 no Rio de Janeiro,e outra em1896 em São Paulo.Com o aumento do trabalho feminino industrial, surgiram as creches, sendo vistas como um espaço de cuidado, assistência e guarda, não como espaço à educação,para a classe pobre, e para classe média surgiram os jardins de infâncias e pré escolas.
Em 1988 a Constituição da República Federativa do Brasil incorpora segundo Campo,(1998,p,24) "A Constituição de 1988 é um novo marco legal no qual desembocam todas essas lutas e demandas; as que vêm da educação, formuladas de maneira a integrar a creche e a pré escola no sistema educacional: as que se originam do movimento das mulheres, contempladas nessa proposta para a educação e na ampliação do direito a creche no local de trabalho também para os filhos dos trabalhadores homens e para toda faixa etária de o a 06 anos : as trazidas pelo movimento dos direitos humanos (...) a nova constituição amplia consideravelmente essas definições legais,tornando-se um marco na história da construção social desse novo sujeito de direitos, a criança pequena."
No longo percurso de caminhada na educação infantil surgiram inúmeras concepções , sendo elas: Assistencialismo- alimentar, cuidar da saúde e higiene. Desenvolvimento Natural- a criança aprende a vontade, através de brincadeiras, não tem um direcionamento. Compensatória- procura suprir a carência, miséria, pobreza, negligência familiar, preocupa-se com aprendizagem. Preparatória - prepara para a alfabetização. Global- preocupa-se com os aspectos cognitivos motores social e afetivos. Pedagógica - trabalha as duas funções da educação infantil o cuidar e o educar.
Segundo Lourenço (1959)," Não se pode tratar de questão da pedagogia atual sem que se fale de jogo e atividades livres.Como hoje observam graves filósofos, a cultura humana brota do jogo como jogo, e nele, e só por ele, vem a desvendar-se pelo jogo é anterior a qualquer construção da cultura, o que demonstra que por ele é que se manifestam as forças criadoras do homem." Após todas as concepções houve a necessidade de valorizar a criança e seu processo de formação.
Em 1990 cria-s e o ECA , conquistas em favor da criança e dos adolescentes na Constituição Federal. A nova LDB n° 9394/96 de 20 de dezembro de 1996 reproduz o inciso da constituição Federal, no art. 4° do título III,( do direito à educação e do dever de educar ), incorporando a educação infantil no primeiro nível da educação básica.
Como explícita a LDB (no Art. 21) "A educação escolar compõe-se de : I- Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;"
Nesse sentido as instituições infantis fundamentam-se na concepção de desenvolvimento global da criança, com o objetivo focado na criança, integram as funções de educar e cuidar, para um desenvolvimento integral nos aspectos físicos, intelectual, afetivo e social

Isabel, Marta
A partir do século XII ao XVIII pode-se observar que a criança não possuía vontades e elas eram vistas com indiferenças. Nessa época elas usavam roupas iguais a dos adultos.
Elas eram obrigadas a compreender os mesmos assuntos e falavam todos os tipos de assunto e eram discutidos na frente delas, inclusive sobre sexo.
Elas também eram incluídas no trabalho, realizando tarefas imitando seus pais.
A partir do século XVIII a criança passa ter um papel central nas preocupações da família e da sociedade. Com a ampliação das posses da família, a educação das crianças passa a ser construída através do posicionamento de moralistas e educadores e com o surgimento da família nuclear o modelo de família conservadora, que marca a relação pai,mãe e criança.
Com isso,percebe-se com suas idéias que a criança deixa de ser pública,onde todos os integrante da família a educam,passando tal responsabilidade aos pais,que passam a se interessar mais pela educação dos filhos,dando-lhe um papel em destaque com valorização de suas características próprias.
Dessa forma percebe-se o quanto a sociedade estava evoluindo transformando o modo que a família era vista,a criança tendo o seu próprio espaço e que a educação seria melhor vista e essas crianças seriam bem educadas e cuidadas enquanto seus pais trabalhavam .
Observamos que com a evolução das mulheres para o trabalho as crianças foram presenteadas com escolas e creches. Percebe-se que a criança começa receber mais atenção buscando seu desenvolvimento com brincadeiras e jogos educativos,e que há vários meios para que a criança tenha uma boa aprendizagem nas creches são usadas atividades lúdicas para que se desenvolvam mais felizes.
Nota-se que a pedagogia estava deixando as crianças mais felizes,aprender brincando e os professores melhores preparados. Pode-se destacar que cada concepção tem como objetivo ver a criança como um ser humano que precisa ser cuidado e educado ao mesmo tempo preparando para enfrentar o seu futuro.
Dessa forma a educação infantil teve grandes visões voltada para Froebel foi o primeiro a acreditar no potencial da criança, acreditando que deveríamos educar a criança com amor,mais mesmo com amor não deveríamos deixar a criança fazer o que ela queria sem ter um direcionamento.
Os trabalhos desenvolvidos por Froebel foram utilizados no Brasil por Emilia Eriksen. Percebe-se que Froebel e Emilia deram seu apoio e sua contribuição inicial para a educação infantil desde o inicio.
Emilia não fazia distinção de classe social dentro de sua escola todos aprendiam por igual, Emilia foi a luz que brilhou na educação infantil no Brasil, mais foi através dos métodos de froebel e a garra de Emilia que a educação infantil demorou mais conquistou seu espaço.Mais não vamos parar por aqui até hoje quando se fala em educação infantil quais os nomes que nos vem a cabeça froebel e Emilia jamais serão esquecidos.

ADRIANA VAZ, INGLETY, MARIA DE LOURDES, ROSA, SIMONE

Do século VII ao século XIII o conceito, de infância passou por diferentes transformações nos aspectos: sociais, culturais, políticos e econômicos Segundo Lossnitz (2006) “Phillippe Áries realizou uma pesquisa iconográfica, afirmando a não existência do sentimento de infância da Idade Média, ou antes dela...”
Essa pesquisa mostra o conceito de infância no século XVII, onde a criança após o sete anos era considerada um adulto em miniatura, imitando seus pais e suas mães seja no modo de vestir-se e comportamento. Participavam de conversas adultas, festas e junto com a comunidade, que por sua vez vivia a maior parte do tempo fora de casa, freqüentavam a rua e as praças. Devido as modificações que se estabelece na Idade Média, criança começa a ser vista como um individuo social e a família passa a se preocupar com sua saúde e educação.
Com a revolução Industrial no século XVIII, surge a necessidade de atender as crianças pobres e as mães que trabalham. Em 1769, Oberlin criou a escola de tricotar para criança de 0 a 6 anos onde as crianças deveriam perder os maus hábitos adquiridos pelas mães e adquirir hábitos de obediência, bondade. Pois eram cuidadas por pessoas contratadas por industriais.
Kuhlmann Jr (2009) destaca que “a iniciativa de Oberlin inspirou Robert Owen, industrial que criou uma escola, em 1816, para operários de suas industrias, seus filhos e a comunidade New Lanark, Escócia, com uma classe infantil que recebia crianças dos 2 aos 6 anos de idade.”
A partir disso, muitas instituições começaram a seguir e a preocupação com a educação da criança pequena já era vista. Surge então as primeiras propostas educativas para educação de crianças de 0 a 6 anos.
De acordo com Lima (2008) “Comênius, Rousseau, Pestalozzi e Froebel, desenvolvendo seus ideais sobre educação e incluindo ai a educação para a infância, influenciados por ideais de caráter moderno e cientifico foram autores que se destacaram no desenvolvimento da Educação Infantil”
Comênio considerou que a responsabilidade da educação da criança pequena pais, o que apresentava um avanço para a época. Destacou ainda que o período infantil tem especificidades e repercussões na vida do ser humano. Para Rousseau, a criança era um ser com características próprias, não podendo ser vista como um adulto em miniatura.
Rousseau revolucionou a Pedagogia, centrando os interesses pedagógicos no aluno e não mais no professor. Por sua vez, Lima (2008) ressalta que Pestalozzi mudou os métodos didáticos usando lápis, lousas, letras do alfabeto em cartões, também destacou a importância do trabalho manual para o desenvolvimento da prática da criança, para ele a organização da escola era da seguinte forma: uma classe com alunos que tenham menos de 8 anos, outra com os meninos de 8 a 11 e a ultima com os de 12 a 18 anos.
Outro educador de destaque foi Froebel que considerava que através da arte é muito mais fácil para as pessoas se expressarem independentemente da idade e da cultura. Através do seu trabalho, rompeu com a educação verbal tradicionalista de sua época, pois conseguiu propor uma educação voltada à sensibilidade através de materiais didáticos que atendesse a necessidade infantil. Com isso, tornou-se o primeiro pedagogo da educação infantil
Kuhlmann Jr (2009) afirma que “em julho de 1840, Froebel fundou o primeiro jardim de infância (Kindergarten), constituindo um centro de jogos, organizado segundo seus princípios e destinado a criança menores de 6 anos”
Esse seria um ambiente onde as crianças estariam livres para aprender sobre si mesmo e sobre o mundo. Caracterizava-se por atividades como: canto, jogos, pinturas, palestras, jardinagem, modelagem, olhar, gravuras e ouvir histórias.
Em 1862 o trabalho desenvolvido por Froebel chegou ao Brasil por meio de Emilia Erickesen. Segundo Lima (2008) “Emilia trouxe para o ensino de Castro uma nova visão de mundo e uma nova visão sobre a formação pessoal. Visão essa muito diferente das que possuíam as educadoras que atuavam na Província do Paraná”
Emilia não valorizava apenas o conteúdo, mas também a arte, música e literatura. Seu método era revolucionário para a época, pois era diferente do ensino que escolas públicas utilizavam. Sua escola recebia alunos de níveis variados, rico pobre, imigrante e filhos de seus empregados.
Durante o período de 1862 até aproximadamente 1988, nada se fez pela Educação Infantil, ficando esta etapa praticamente esquecida. Somente com o aumento do trabalho feminino industrial, surgem creches para as necessidades das crianças. De acordo com Kuhlmann Jr (2009) “havia duas concepções de serviços que atendiam as crianças os jardins de infância e pré-escolas, para a classe média; e as creches, salas de asilo e escolas maternais, para a classe pobre, sendo vista como um espaço de cuidado, assistência e guarda e não como um espaço de educação”
A partir disso, iniciam-se as concepções de Educação Infantil a primeira delas, o Assistencialismo com ênfase no cuidar, higienização e alimentação para o desenvolvimento de um país sadio. Entretanto somente o cuidado não era suficiente, e incluem atividades que envolvam jogo e brinquedo valorizando o desenvolvimento natural da criança, buscando compensar as deficiências que as crianças apresentam, tanto em relação a higiene, alimentação, como em questões de aprendizado, podendo assim, trabalhar a concepção preparatória, que prepara a criança para o ensino fundamental, especialmente no que se refere à alfabetização.
Em busca de mudanças, somente no final da década de 70 e inicio da década de 80, a creche passa a ser vista como a instituição social e politicamente necessária.
Esta lei - ECA veio promover um importante conjunto de avanços que extrapola o campo jurídico desdobrando-se e envolvendo outras áreas da realidade política e social no Brasil. Entre elas destaca-se o direito das crianças à Educação Infantil assegurando nos artigos 4º, 53º e 54º inciso IV:
“A nova LDBN nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, reproduz o inciso da construção Federal, no Art. 4º do titulo III (Do Direito à Educação e Do Dever de Educar), incorporando a Educação Infantil no primeiro nível da Educação Básica, estando inserida no sistema Educacional e desenvolvida em regime de colaboração nas diferentes instâncias: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Aos Municípios , compete além de oferecer a Educação Infantil em creches e pré- escolas e manter o ensino fundamental, baixar normas complementares às leis maiores, bem como autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos de seus sistemas de ensino e aqueles mantidos por particulares. O Município portanto, carrega grande responsabilidade para com a Educação Infantil, devendo observar os artigos 29, 30, 31 da 9394/96.
A Educação Infantil torna-se a primeira etapa da Educação Básica Estabelecida pela LDB 9394/96. Quando menor a criança mais fundamental a presença de um adulto para ajuda-las em suas necessidades. Quando a criança cresce ganha mais autonomia em seus desenvolvimento.
Sendo assim as instituições infantis fundamentam-se na concepção Global da criança, que foca os objetivos na criança em si, independente de sua historia e das condições sociais. E busca o desenvolvimento de habilidades, conhecimento e atitudes nos aspectos: motores, afetivos, sociais, e cognitivos.
A proposta da educação infantil deve formar um ser reflexivo, é desse modo que a concepção pedagógica assume que a Educação Infantil tendo o papel de cuidar e a de educar, ressaltando que o cuidar compreender os cuidados básicos com a alimentação, a higiene e o vestuário, e o educar como direito apropriação do conhecimento e preparo para o processo de alfabetização, mas de forma lúdica e prazerosa.